Inflação fecha 2015 em 10,67%, estoura teto da meta e é a maior desde 2002

inflação

A inflação oficial no Brasil fechou 2015 em 10,67%, muito acima do limite máximo da meta do governo. O objetivo é manter a alta dos preços em 4,5% ao ano, mas com tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos, ou seja, podendo oscilar de 2,5% a 6,5%.

É a maior alta de preços anual desde 2002 (12,53%).

Em 2014, a inflação havia sido de 6,41%, dentro do limite máximo.

No mês de dezembro, a alta de preços desacelerou em relação ao mês anterior (1,01%) e ficou em 0,96%.

Os dados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) foram divulgados nesta sexta-feira (8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Como a inflação estourou a meta, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, terá que publicar uma carta aberta explicando por que a meta foi descumprida.

Conta de luz e gasolina

Em 2015, o brasileiro passou a pagar mais caro por todos os grupos de produtos e serviços que compõem a inflação oficial.

Os aumentos na conta de luz e no preço dos combustíveis foram os principais responsáveis pela elevada inflação. Juntos, os dois itens representam 24% da alta de preços.

A energia elétrica ficou 51% mais cara, e os combustíveis, 21,43%. Em algumas cidades, o aumento foi muito maior. Em São Paulo (SP), por exemplo, a conta de luz subiu 70,97% e, em Curitiba (PR), 69,22%.

Outra despesa que pesou no orçamento foi o botijão de gás, usado em muitas casas para o preparo de alimentos. Em 2015, ele ficou 22,5% mais caro.

Cebola sobe 60,6%

Grupo de produtos e serviços com maior peso no IPCA (25,1%), os alimentos e as bebidas encareceram 12,03% no ano.

Preparar uma receita de vinagrete ficou bem mais caro. A cebola teve alta de 60,6%, e o tomate, de 47,45%.

Também são destaques a batata, com alta de 34,18%, e o café consumido fora de casa, em estabelecimentos comerciais, que subiu 15,67%.

Expectativas para 2016

Em um cenário de confiança muito fraca na economia, exacerbado pela crise política e ameaça de impeachment da presidente Dilma Rousseff, as expectativas de inflação não param de piorar, o que deixa o BC ainda mais sob pressão para controlar a alta dos preços.

Em seu Relatório de Inflação, o BC elevou a expectativa de inflação em 2016 para 6,2%, passando a ver o IPCA a 4,8% em 2017.

Já a pesquisa Focus, realizada pelo BC, mostra que os economistas veem inflação de 6,87% no final de 2016.

Inflação e juros

A inflação alta tem sido uma das principais dores de cabeça para o Banco Central nos últimos anos.

A taxa de juros é um dos instrumentos mais básicos para controle da alta de preços.

Quando os juros sobem, as pessoas tendem a gastar menos e isso faz o preço das mercadorias cair (obedecendo à lei da oferta e procura), o que, em tese, controlaria a inflação.

Na última reunião, o BC manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 14,25%, interrompendo uma sequência de sete altas.
Essa taxa de juros é a mais alta desde agosto de 2006, quando ela também estava em 14,25%.
Fonte: Do UOL, em São Paulo 08/01/2016

Postado em: Notícias

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