Pesquisa conclui que 21% da população no País não faz pesquisa de preços antes de ir às compras
Uma pesquisa realizada pelo portal Meu Bolso Feliz, com a iniciativa de Educação Financeira do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), avaliou o comportamento de compra do brasileiro. O resultado é que cerca de 21% dos consumidores não fazem pesquisa de preço na hora de comprar e 71% concordam que não têm tempo para buscar ofertas. O estudo ainda apontou que a diferença de preços para o mesmo produto pode chegar até 1.132%, em alguns casos.
O educador financeiro do site Meu Bolso Feliz, José Vignoli, afirma que a vida que o brasileiro leva atualmente o deixa mais ansioso. “A correria do dia a dia faz com que as pessoas queiram possuir as coisas imediatamente, deixando de lado a pesquisa apurada”, diz. Para ele, o hábito impulsivo faz com que consumidores gastem mais, comprem produtos mais caros, pouco úteis ou apenas comprem porque encontraram um produto mais barato do que o habitual. “O consumidor deve entender que é dono do próprio tempo e que precisa revisar hábitos, saber quando a pesquisa vale a pena e, assim, economizar e fazer boas compras”, ressalta.
Qualidade em segundo plano
“Quando a pessoa se identifica com uma marca não é preciso pesquisa de preço”, é o que afirma o bancário Andres Planta, 27 anos, que faz compras sem se preocupar com os valores dos produtos desde que esses o atendam bem. Para ele, a facilidade e abrangência de alimentos e outros, encontrados em um grande supermercado, no qual sempre faz suas compras do mês, valem o preço pago. “Não vou a outro mesmo que eu veja que o valor é menor, se for realmente comparar, o que você gasta indo a um ou outro em busca de alguns itens com o valor menor, já é o valor da diferença que você economizaria”, afirma.
Andres ainda explica que pela sua profissão usa muitas roupas do estilo social, e esse tipo de produto é um bom exemplo de que às vezes o barato pode sair caro: “Se eu comprar uma camisa em qualquer loja pode ser que não vista bem, além disso, a durabilidade de uma marca melhor também é nítida. A questão nesse caso, não é o preço, mas sim a qualidade da roupa ou até mesmo sapatos”, relata.
O economista Aurélio Troncoso, coordenador do Centro de Pesquisas Econômicas e Mercadológicas das Faculdades Alves Faria (Alfa), explica que nem sempre a pesquisa de preços é viável, isso porque há alguns pontos que devem ser avaliados, um deles é se a qualidade do produto com preço menor vale a pena. “A gasolina, por exemplo, é um produto que vale a comparação, tendo em vista que quando está muito em conta, pode significar que o produto está adulterado, o que não é uma regra”, explica. Ele cita que nesse caso há alguns componentes como a querosene e solventes que podem prejudicar o veículo, fazendo com que o barato, no final das contas, saia caro.
Outro produto lembrado por Aurélio são os medicamentos. “Nesse caso, não me refiro aos genéricos, mas sim aos similares. Estes podem não ter a reação desejada e você comprar gato por lebre”, ressalta. Para o economista a qualidade do produto deve ser levada em consideração, por esse motivo a carne também é um item que quando está com preço muito a baixo do mercado deve-se ficar atento. Ele explica que esses alimentos devem ter o carimbo de qualidade e ter procedência, o que por vezes encarece o produto, mas te dá mais segurança na hora do consumo.
Fonte: Serviço de Proteção ao Crédito – SPC
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